Escultor, pintor, gravador e professor, Rubem Valentim começou sua trajetória nas artes visuais na década de 1940, como pintor autodidata. Desde o início de sua produção, demonstra um forte interesse pelas tradições populares do Nordeste, como, por exemplo, pela cerâmica do Recôncavo Baiano.
Entre 1946 e 1947, participou do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia ao lado de Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos e outros artistas contemporâneos.
A partir dos anos 1950, o artista tem como referência o universo religioso. O candomblé e a umbanda fazem parte de seu imaginário aliados aos símbolos de cada uma dessas correntes. Esses signos ou emblemas são originalmente geométricos. Em sua obra, eles são reorganizados por uma geometria ainda mais rigorosa, formada por linhas horizontais e verticais, triângulos, círculos e quadrados.
Vida profissional e Artística de Rubem Valentim
O Pintor Rubem Valentim morou no Rio de Janeiro de 1957 e 1963, onde exerceu a função de professor assistente de Carlos Cavalcanti no curso de História da Arte, no Instituto de Belas Artes. Mudou-se para Roma onde residiu de 1963 a 1966, graças ao prêmio viagem ao exterior recebido no Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM). Em 1966 participou do Festival Mundial de Artes Negras em Dacar, Senegal.
O Pintor Rubem Valentim Retornou ao Brasil e se fixou em Brasília onde lecionou pintura no Ateliê Livre do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Em 1972, fez um mural de mármore para o edifício-sede da Novacap na capital federal, sua primeira obra pública.
Dois anos depois, o crítico de arte Frederico Morais desenvolve o audiovisual A Arte de Rubem Valentim. Em 1979, Valentim esculpe, em concreto aparente, uma obra que fora instalada na Praça da Sé, em São Paulo. Esta escultura foi definida pelo artista como o Marco Sincrético da Cultura Afro-Brasileira. Naquele mesmo ano, foi indicado por uma comissão de críticos para executar cinco medalhões de ouro, prata e bronze com símbolos afro-brasileiros para a Casa da Moeda do Brasil. Em 1998 o Museu de Arte da Moderna da Bahia (MAM/BA) inaugurou a Sala Especial Rubem Valentim, no Parque de Esculturas.
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