O Artista plástico Aldemir Martins mostrou seu talento desde cedo em sua cidade natal, Ingazeiras, no Ceará. O artista, ainda em seu estado, participou, no início da década de 1940, da criação do Grupo ARTYS, responsável pela renovação do ambiente artístico cearense. Depois, foi a vez do Centro Cultural de Belas Artes de Fortaleza, ao lado dos artistas plásticos Antonio Bandeira, Mário Baratta, Raimundo Cela e Inimá de Paula. Posteriormente, esta instituição foi rebatizada de Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, SCAP. Naquele período, Aldemir Martins realizou sua primeira exposição no 2º Salão de Pintura do Ceará. Foi conhecido como “cabo pintor”, por ter servido ao exército entre 1941 e 1945, venceu o concurso da Oficina de Material Bélico, da 10ª Região Militar.
Pintor se muda para o Rio de Janeiro
Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro onde participou de uma exposição na Galeria Askanasi, organizada pelo pintor suíço Jean-Pierre Chabloz, e do Salão Nacional de Belas Artes. Logo se transferiu para São Paulo onde realizou sua primeira exposição individual no Instituto de Arquitetos do Brasil, em 1946
Aldemir Martins e seus estudos de arte
Em fins dos anos 40 e início de 50, participou dos cursos do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, estudou História da Arte com Pietro Maria Bardi e gravura com Napoleon Potyguara Lazzarotto, conhecido artisticamente como Poty, desenhista, gravurista, ceramista e muralista brasileiro. Enquanto aluno de Poty, Aldemir Martins produziu o álbum Cenas da Seca do Nordeste, prefaciado por Rachel de Queiroz. Em seguida, desenhou paus-de-arara, rendeiras e cangaceiros. Por este trabalho, o artista foi reconhecido durante 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951). Em 1956, sua carreira atingiu o ápice ao ser premiado como melhor desenhista internacional na 28ª Bienal de Veneza e expor em diversas partes do mundo.
O pintor Aldemir Martins também marcou presença como ilustrador em jornais do Ceará, revistas e livros. Seus trabalhos estamparam a coluna “Bairros na Berlinda”, do Correio Paulistano, O Jornal de São Paulo, O Diário e a Revista Elite; os textos de Daniel Linguanotto; as poesias de César Memolo Jr., Domingos Carvalho da Silva, José Escobar Faria, Jorge Medauar, André Carneiro, Dulce Carneiro,Mário da Silva brito, entre outros.
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